Análise: Sport Enfrenta Desafios, Mas se Reergue Individualmente para Ampliar Invencibilidade com Pepa
Time retrocede casas em relação à evolução dos últimos jogos, mas consegue frieza para matar partida; Leão sobe para a terceira posição na tabela de classificação da Série B, com 46 pontos
Quando pareceu estar nocauteado, sem alternativas, o Sport reagiu. Como numa luta de boxe, esperou até os últimos momentos para levar o adversário à lona. O Paysandu, neste caso, foi a vítima. E na sua casa, em Belém, onde há 18 anos não perdia para os rubro-negros.
Para quem cercava o rival, pisando na sua área de ataque em várias oportunidades, sobretudo no primeiro tempo, o time bicolor fazia um jogo duro na Curuzu. Mesmo que não gerasse perigo real a Caíque França.
Porém, bastou uma escapada, na qualidade individual, para o Sport se sobressair. Do centroavante Zé Roberto, fazendo o papel de camisa 10, para o lateral Igor Cariús, como um atacante, dar um toque sutil e vencer o goleiro Diogo Silva.
Para então uma conclusão na "era Pepa", vir à tona: mesmo estando num mau dia, o Leão consegue ter equilíbrio para não permitir sustos suficientes que possam incomodá-lo.
Com as devidas ressalvas a fazer pelo momento do Paysandu, 16º colocado e a dois pontos de distância para a zona de rebaixamento. Em campo, a dificuldade para assustar o gol rubro-negro traduzia, também, a posição da equipe na tabela.
Porque Caíque França não operou milagres nem fez defesas "na média" para evitar uma possível reação bicolor. O Paysandu ameaçava, mas não concretizava.
Veio, daí, a leitura providencial de Pepa na volta para o segundo tempo: sacou Felipinho e Pedro Martins, ambos em atuações apagadas, para dar vez a Dalbert e Barletta. Em pouco tempo, evolução.
"Não é o time envolvente, de gerar espaços, jogadas. Melhorou, mas ainda não suficiente para jogar bem" avaliou durante a transmissão do SporTV, o comentarista Cabral Neto.
Porém, mais solto, o Sport precisou de pouco: construiu ofensivamente com Wellington Silva, aos 11 do segundo tempo, em boa chegada pela esquerda - defendida por Diogo Silva. Pouco depois, marcou com Igor Cariús, administrando o resto do jogo novamente sem grandes alarmes.
O Rubro-negro desceu casas de crescimento pela atuação em Belém, é verdade. Não entregou potencial como nas últimas partidas sob o comando de Pepa e permitiu uma falsa pressão do adversário.
- Foi o pior jogo na era pós Guto Ferreira. O Sport controlou o resultado, mas em termos de equilíbrio o jogo foi, sem dúvidas, a pior atuação do Sport nas últimas seis rodadas - , ponderou Cabral Neto.
Porém, o time soube ser frio - e letal - quando teve a chance. Além do mais, revisar erros em momento de crescente de resultados é favorável. Afinal, com o português dirigindo o Leão, são 11 pontos conquistados dos 15 possíveis. Um aproveitamento de 73,3% dos pontos.
Apesar dos sustos, valeu o G-4.
Comments